quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

LETRAMENTO

Uma nova demanda surge na sociedade brasileira, fazendo com que nasça o termo letramento. No Censo até 1940, era perguntado às pessoas se sabiam ler e escrever, o que era interpretado como capacidade de escrever o próprio nome. Até estão, saber escrever o próprio nome atendia a demanda social.
Compreendia-se que os que respondessem positivamente eram alfabetizados. Após 1940, o Censo mudou a pergunta, indagando às pessoas se elas sabiam ler e escrever bilhetes simples, situação completamente diferente de 1940. A sociedade brasileira começa aí a reconhecer uma prática de leitura e escrita ainda que bastante trivial. O indivíduo teria não só que aprender a ler e a escrever, mas também a fazer o uso delas. Verifica-se, embora lenta, uma progressiva extensão do conceito de alfabetização em direção ao conceito de letramento: do simples saber ler e escrever em direção ao ser capaz de fazer uso dessas práticas.
É para atender essa nova demanda que surge o termo letramento.
O letramento é, então, um fenômeno de cunho social, e que salienta as características sócio-históricas ao se adquirir o sistema de escrita por um grupo social. Ele é o resultado da ação de ensinar e/ou de aprender a ler e escrever, e denota estado de condição em que o indivíduo ou a sociedade obtém como resultado de ter-se “apoderado” de um sistema de grafia, principalmente em uma sociedade grafocêntrica.




Referencias:

Revista Filosofia Capital
ISSN 1982-6613 Vol. 3, Edição 7, Ano 2008.

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